Chuva de golos redentora para defesa que mete água
postado segunda-feira, 22 de julho de 2013 às 10:34 | 0 comentário/s

CORRERIA PARA O ATAQUE >> Danilo, Lucho e Jackson mudaram a face da equipa depois de uma primeira parte paupérrima. A vertigem  na chegada à frente foi a nota de maior destaque, mas do jogo também sobressaiu a passividade defensiva e a enxurrada de erros primários na construção de trás.

Três golos em doze minutos são o espelho da avidez com que o FC Porto despachou duas desvantagens para sair vitorioso do seu primeiro jogo na Taça Euro-Americana. Nessa fase, impôs-se uma das marcas que Paulo Fonseca quer acrescentar à equipa, sobressaindo a vertigem com que a bola chegou ao ataque para situações de finalização que, invariavelmente, apanharam o Deportivo Anzoátegui desposicionado. Uma mão-cheia de esticões no ritmo foi quanto bastou para detonar o 2º classificado do último campeonato venezuelano, mas se a simplicidade de processos até aos golos deixou uma nota promissora, a enxurrada de erros primários na defesa deitou por terra a inviolabilidade dos dragões na pré-época e lançou, pelo menos, o alerta.

Numa fase de testes e experiências, Paulo Fonseca tirou conclusões. Fernando e Defour frequentemente de perfil, revelaram-se uma desilusão, confusos a construir e tenros na pressão. O Polvo até esteve mais profundo do que o belga, mas acumulou erros na saída para o ataque, não destoando dos centrais (que mal no primeiro golo), a quem bola também queimou. A primeira fase de construção ruiu sempre que o bloco venezuelano subiu a pressão, mas importa reconhecer que o FC Porto foi agressivo quando saltou linhas, sobretudo pela agressividade na procura dos extremos e na eficiência por estes revelada na definição dos ataques.

Aqui, Iturbe marcou pontos. Excelente a ganhar o espaço, revelou uma objetiva de que recomenda a um plantel onde, até ver, é tentador antever quem não cabe. Carlos Eduardo, por exemplo, roçou o zero, escondido na construção de jogo e sem rasgo quando teve bola, perdendo-se em decisões tardias e que quase sempre fizeram regressar os ataques ao ponto de partida. Pela ausência do brasileiro se explica parte da sonolência que foi a etapa inicial, sendo sintomático que a reviravolta tenha chegado quando Paulo Fonseca chamou os consagrados: Danilo, Lucho e Jackson viraram o jogo do avesso, expondo de forma flagrante todas as debilidades que o Anzoátegui conseguiu esconder durante a 1ª parte.

O golo da igualdade, oferecido pelo lateral ao avançado, insinuava uma reviravolta que só chegou depois de uma nova vantagem venezuelana, outra vez nascida de um lance anedótico. Foi o mote, porém, para a fase mais agressiva do dragão, castigador nas ações de Varela e Iturbe, flechas pelas alas que deram sublinhado ao que de melhor este FC Porto já tem: a celeridade com que a bola chega à frente e a objetividade na fase de definição. A vertigem no ataque contrasta com o precipício que se abriu na defesa, mas o algodão dos próximos jogos dirá se o desatino foi só episódico.

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