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Iturbe explode numa guerra de extremos
postado domingo, 14 de julho de 2013 às 10:13 | 0 comentário/s
RESPOSTA A KELVIN >> Kelvin partiu a loiça na primeira parte; Izmaylov marcou e cumpriu; o argentino encantou num golo soberbo. Agradeceu a Lucho, viu o plantel festejar e Paulo Fonseca sorrir. Há cada vez mais opções no novo FC Porto...O golo - vistoso por sinal - de Iturbe veio mesmo a calhar para que a terceira goleada portista da época ganhe um simbolismo que as outras (14-0 ao Valadares, 6-0 ao Maastricht) não tiveram. Pode até ser exagerado, mas quem sabe se não é este o momento que muda o destino daquele a quem já chamaram "mini-Messi" no FC Porto.
De rosto fechado e semblante normalmente triste, a eterna promessa argentina explodiu, sorriu e festejou como se o jogo fosse a doer. Mas antes, olhou para o banco de suplentes, levantou a mão direita e colou-a à testa, imitando o gesto que é imagem de marca de El Comandante para agradecer a Lucho, que sempre o acompanha, por não ter desistido dele. Os colegas perceberam a importância do momento e correram para o abraçar. Abdoulaye levantou-o, para que os adeptos vissem bem o pequenino e pudessem gritar por ele. No banco, todos se levantaram para aplaudir Iturbe. Fucile quase entrou em campo e Paulo Fonseca não disfarçou o contentamento. Foi o treinador quem pediu o regresso e este é um passo importante para que a atenção que lhe dedica diariamente valha a pena. Mesmo que isso implique criar-lhe outros problemas.
Até ontem havia Varela e Izmaylov, embora um dos dois goze unanimidade entre os adeptos. Agora, e porque Kelvin também partiu a loiça na primeira parte, há pelo menos mais dois extremos em linha de conta. Kelvin luta para provar que o seu valor não é meramente icónico, após ter sido elevado à categoria de símbolo do último título. O argentino procura uma regularidade da qual, em dois anos de FC Porto, nunca sequer se aproximou. E isto sem contar com Licá, recém-contratado, ou Quintero, que acabou de ser confirmado.
Ao terceiro jogo de pré-época, o treinador repetiu os modelos e ideias dos anteriores. Há muita coisa a limar, mas este FC Porto continua a entusiasmar. O Marselha, vice-campeão francês e de uma estampa completamente diferente dos outros adversários, expôs as fragilidades que o novo esquema, com menos bola e maior largura de campo, tem. Mas não conseguiu contrariar a amplitude de soluções dos dragões e, acima de tudo, um espírito de grupo forte e alma imensa que a vasta concorrência para cada posição obriga a ter.
Se o Marselha marcasse aos 19', após uma saída precipitada de Helton, talvez este discurso se esvaziasse. Se o próprio Helton não evitasse um golo certo de Cheyrou, Paulo Fonseca nem se poderia gabar de manter a baliza fechada. Mas as coisas foram assim. E em cada momento os dragões foram superiores. Kelvin tirou alguns cruzamentos antes daquele remate à trave que originaria o primeiro golo, marcado por um Izmaylov que ainda não ganha a linha de fundo nem parte para cima dos adversários, mas que efetivamente, talvez por Paulo Fonseca lhe pedir, já arrisca mais. O 1-0 permitiu estabilizar comportamentos. O Marselha passou para o segundo plano e a expulsão de Morel - num ato descontrolado para recuperar rapidamente a bola agrediu Fucile -, ruiu todas as intenções de equilibrar a partida. Com espaço, os extremos e médios do FC Porto melhoraram e partiram para uma percentagem de posse de bola a rondar a média da época passada. Jackson fez, no início da segunda parte, o resto. O avolumar de substituições ajudou a reforçar o domínio azul e branco e a sentenciar um encontro que se previa complicado mas que aumenta para 23-0 o score dos três jogos da pré-época, abrindo o apetite para o que se segue.
Etiquetas: ojogopt
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